..ah esses finais. final como por si só já diz. o último. o último degrau. o último minuto da musica mais bela. o último gole. a última tragada. o último dia.o ultimo suspiro. o ú ltimo querer tão bem..
esses finais que trazem o buraco confuso da mente e a tremedeira do corpo. o caos perambulante. os atos impensados. as frases mal colocadas. engolidas. nao ditas. adiadas. ensinar o poder das coisas que nao executa. acreditar que nao se tem o poder de evitar que a lágrima caia. como saber se o caminho percorrido é metade do caminho?.



até quando podes ficar blefando assim?


lembra toda vez que quisesses algum tipo de afastamento? hoje não consegues assimilar o quanto é confuso e frustrante a falta de proximidade. mas. vai. testa as possiblidades. o clichê ja dizia que solidao é compania. lista as opções. as expectativas existem basta materializa-las... cria. deixa escorrer. expulsa. vomita e faz sair esse sentir. esse querer.. essa agonia.

felizmente está me dando sono.. não durmo a dias. digo. dormir de verdade. vou tentar segurar essa vontade de fechar os olhos só pra ficar mais um pouco e dizer. que . não tem como saber. mas de repente a gente acorda e o dia ensolarado está cinza. pinta o céu com aquarela. pedala até a água. conta as cores do pôr do sol. mas tudo isso torturando a solidão. porque ela precisa aprender a ficar ali. quieta.

recomendo agora: (assim.. bem triste mesmo. como ser bom.. ou ruim.. ou indiferente. . )

"Não sou escravo de ninguém Ninguém é senhor do meu domínio Sei o que devo defender E por valor eu tenho E temo o que agora se desfaz Viajamos sete léguas Por entre abismos e florestas Por Deus nunca me vi tão só É a própria fé o que destrói Estes são dias desleais Eu sou metal Raio, relâmpago e trovão Eu sou metal Eu sou o ouro em seu brasão Eu sou metal Sabe-me o sopro do dragão Reconheço meu pesar Quando tudo é traição O que venho encontrar É a virtude em outras mãos. Minha terra é a terra que é minha E sempre será Minha terra Tem a lua, tem estrelas E sempre terá Quase acreditei na tua promessa E o que vejo é fome e destruição Perdi a minha sela e a minha espada Perdi o meu castelo e minha princesa Quase acreditei, quase acreditei E, por honra, se existir verdade Existem os tolos e existe o ladrão E há quem se alimente do que é roubo. Mas vou guardar o meu tesouro Caso você esteja mentindo. Olha o sopro do dragão É a verdade o que assombra O descaso que condena A estupidez o que destrói Eu vejo tudo que se foi E o que não existe mais Tenho os sentidos já dormentes O corpo quer, a alma entende Esta é a terra-de-ninguém Sei que devo resistir Eu quero a espada em minhas mãos Não me entrego sem lutar Tenho ainda coração Não aprendi a me render Que caia o inimigo então Tudo passa Tudo passará E nossa história Não estará Pelo avesso assim Sem final feliz Teremos coisas bonitas pra contar E até lá Vamos viver Temos muito ainda por fazer Não olhe pra trás Apenas começamos O mundo começa agora, ahh! Apenas começamos."

e..
..o blog "O Silêncio dos livros" http://osilenciodoslivros.blogspot.com/


Photo: Gregory Colbert [ Untitled ] 2002.

Foto: jCharnaud.



Breve resumo de:
(A nova Arte. Gregory Battcock, São Paulo: Perspectiva, 1986)
O ato Criador,
por Marcel Duchamp.



“Duchamp é um movimento artístico feito por um único homem, mas um movimento para cada pessoa, e aberto a todo mundo.” Willem de Kooning.



O autor considera o artista um ser mediúnico, e que todas as decisões relativas á execução artística do seu trabalho permanecem no domínio da intuição e não podem sofrer uma auto análise, falada ou escrita, ou mesmo pensada.
No ensaio sobre “Tradution and Individual Talents”, T.S. Eliot escreve que “quanto mais perfeito o artista, mais completamente separados estarão nele o homem que sofre e a mente que cria; e mais perfeitamente a mente assimilará e expressará as paixões que são o seu material.”
Em uma última análise o artista sempre terá de esperar pelo veredicto do público para que sua declaração assuma um valor social, e para que finalmente a posteridade o inclua entre as figuras primordiais da História da Arte., essa que tem persistentemente insistido sobre as virtudes de uma obra de arte, através de considerações completamente divorciadas das explicações racionalizadas do artista.
Como poderá ser descrito o fenômeno que conduz o público a reagir criticamente a obra de arte?
O autor revela que este fenômeno é transferido para o público sob a forma de uma osmose estética, processada através de matéria inerte, diz também que a arte pode ser boa, ruim ou indiferente, mas seja lá qual for o objetivo empregado devemos chama-lá “ARTE”, comparando com as emoções, que mesmo ruins não deixam de ser emoções.
A luta de artistas pela realização é uma série de esforços, sofrimentos, satisfações, recusas, decisões que também não podem e não devem ser totalmente conscientes, pelo menos no plano estético. O resultado desse conflito é a diferença entre a intenção e sua realização, o que quis realizar e o que na verdade realizou é o “coeficiente artístico” pessoal contido na sua obra de arte. Esse coeficiente artístico é como uma relação aritmética entre o que permanece inexpresso embora intencionado e o que é expresso intencionalmente.
O índice deste coeficiente não tem influência alguma sobre o tal veredicto. O Ato criador toma outro aspecto quando o espectador experimenta o fenômeno da transmutação, e o papel do público é determinar qual o peso da obra de arte na balança estética.
Resume dizendo que, o ato criador não é produzido pelo artista sozinho, o público interpreta e decifra suas qualidades intrínsecas contribuindo ao mesmo, e isto se dá ainda mais óbvio quando a posteridade (público transformado..) dá o veredicto final e reabilita artistas desconhecidos e esquecidos
.





?Pourquoi pas?

.junte os egos inflados. aprenda a conviver com eles. continue preservando a paz. e. nao esqueça que o pra sempre existe sempre. de alguma forma. nos arquivos do tempo.