"Fenomenólogo vs Psicanalista" [?]
"Na filosofia de Edmund Husserl é o método de apreensão da essência absoluta das coisas.
A fenomenologia tem como objeto de estudo o próprio fenômeno, isto é, as coisas em si mesmas e não o que é dito sobre elas, assim sendo a investigação fenomenológica busca a consciência do sujeito através da expressão das suas experiências internas. A fenomenologia busca a interpretação do mundo através da consciência do sujeito formulada com base em suas experiências.
O método fenomenológico consiste em mostrar o que é apresentado e esclarecer este fenômeno. Para a fenomenologia um objeto é como o sujeito o percebe, e tudo tem que ser estudado tal como é para o sujeito e sem interferência de qualquer regra de observação cabendo a abstração da realidade e perda de parte do que é real, pois tendo como objeto de estudo o fenômeno em si, estuda-se, literalmente, o que aparece. Para a fenomenologia um objeto, uma sensação, uma recordação, enfim, tudo tem que ser estudado tal como é para o espectador. "
"...a imagem poética está sob o signo de um novo ser. Esse novo ser é o homem feliz. Feliz na palavra portanto infeliz na realidade, objetará prontamente o psicanalista. Para ele, a sublimação não passa de uma compensação vertical, de uma fuga para o alto, exatamente como a compensação é uma fuga lateral. E o psicanalista não tarda a abandonar o estudo ontológico da imagem; ele escava a história de um homem; vê, mostra os sofrimentos secretos do poeta. Explica a flor pelo adubo."
"Pierre Jean Jouve! ...Para Jouve o inconsciente é “motor de poesia”. Impossível separar o sexual do espiritual. Mesmo o canto religioso provém de zonas subterrâneas. Jouve estuda a psiconeurose do mundo, atento aos signos da catástrofe produzida pelo inconsciente. A transposição destas análises para o plano da criação poética custou-lhe um árduo trabalho, o de fletir audaciosamente a sintaxe." Murilo Mendes
[Continua...]