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a garganta lateja com a febre que faz suar e o corpo que nem sequer pensa em parar. até o momento de não poder mais levantar? mas é que ficar parado dói. no percurso entre um ponto e outro as coisas ditas se perdem. e ninguem guarda afinal. sorrisos e idéias trocadas, o dinheiro. em vão. eu deveria parar. de repente se foi mais uma vez tudo isso que todo dia e todo ano acontece. os dias. as horas.. enfim. o tempo. dificil não parar. o passado imperfeito volta no estado presente e se faz novamente um tanto rude. os poetas realmente são rudes? acho que pode não ser uma regra. uma vida começa, outra termina. ou recomeça. e a minha nesse meio. esse meio termo. horas quase chegando ao fim. horas andando de costas. horas subindo uma escada rolante que desce.na parede secam os olhos. e alguem que eu mesma inventei. que diz. 'Sorrow'. porque? não sei as vzs as coisas são cuspidas sem pensar.e tudo que tenho a dizer é. que sigo nessa minha vida. louca e vezenquando tão. mas tão quieta.e que uso os pontos para engolir a saliva, ou até mesmo respirar. Cada ponto. uma respirada.
raio-x de um cactus.
Monotipia/ Nov. 2009
jCharnaud

Joel-Peter Witkin.