ALICE NEEL, VIDA E OBRA

Autor(es): Juliana Charnaud
Resumo



Este trabalho tem como principal objetivo apresentar a obra de Alice Neel, visando focar a forma como representou a figura humana; Nunca esteve ligada a nenhum movimento de vanguarda, porém, foi pioneira entre as mulheres artistas e uma das melhores pintoras do século XX, simpática ao espírito expressionista da Europa ela pintou pessoas, paisagens e naturezas-mortas,com um estilo só seu e uma abordagem muito distinta. Alice nasceu em Merion Square, Pennsylvania, e em seguida, mudou-se para a vila rural de Colwyn, lá estudou na escola de Design para mulheres, tornando-se uma artista com forte consciência social, crenças e idéias esquerdistas. Neel disse muitas vezes que escolheu freqüentar uma escola só para meninas que assim não se distrairia de sua arte através das tentações do sexo oposto. Pouco depois de acabar seus estudos, casou-se com o pintor cubano Carlos Enríquez, mudando-se para Havana. Neste ambiente Alice desenvolveu os fundamentos da sua vida, consciência política e compromisso com a igualdade. Em 1926 fica grávida da menina Santillana, a família muda-se para Nova York. Pouco antes do seu primeiro aniversário, Santillana morre de difteria. O trauma estabelece um precedente para os temas da maternidade, da perda, e da ansiedade que permearam o seu trabalho durante toda a sua carreira. Alice engravidou novamente e em 1928 e teve Isabetta que inspirou a criação do retrato “Well Baby Clinic”. Na primavera de 1930 Carlos retorna a Cuba tendo Isabetta com ele. Lamentando a perda da família, Alice sofre uma enorme crise nervosa e após um breve período de internação ela tenta suicídio. Considerada estável quase um ano mais tarde retorna a Nova York. Seu mundo era composto por artistas, intelectuais, políticos e líderes do Partido Comunista, todos os quais se tornaram para ela, pinturas. Seu trabalho ia da subversão a sexualidade retratando cenas de amantes e nus. No final de 1933, Alice foi contratada pela Works Progress Administration (WPA), que lhe proporcionou um modesto salário semanal. Na década de 1930 ela ganha um grau de notoriedade como um artista, e uma boa situação dentro do círculo de intelectuais da época. Alice nunca foi um membro oficial do Partido Comunista, a sua filiação e simpatia com os ideais do comunismo permaneceu constantemente. Em 1939, muda-se para Harlem onde começa a pintar seus vizinhos, em especial mulheres e crianças. Entre 1940 e 1950, Alice a união com Carlos Enríquez acaba e ela casa novamente, com o fotógrafo e cineasta, Sam Brody, com quem tem seu segundo filho, Hartley. Fez ilustrações para Massas & Mainstream,publicações comunistas e continua a pintar retratos na sua cidade. Fez uma aparição no clássico filme Beatnik, Pull My Daisy, em 1959, ao lado de Allen Ginsberg, e no ano seguinte seu primeiro trabalho é produzido no Art News Magazine. No final das décadas de 1960 e 1970 torna-se ícone do movimento feminista, ganha fama e reconhecimento como uma importante artista americana. Alguns anos antes de sua morte, em 1984 ganha do presidente Jimmy Carter o prêmio “National Women's Caucus for Art”. Despede-se no auge de sua carreira deixando notáveis pinturas, óleo sobre tela, retratando amigos, parentes, amantes, poetas, artistas e estranhos com linhas e cores expressionistas e intensidade emocional.